Raio-x do mercado de saúde da África oriental

Antes de ler esse artigo, gostaria de convidar a fazer um execício. Escreva tudo o que te vem a mente a respeito desses 3 países: Quênia, Uganda e Etiópia. Em que parte do continente ficam? Qual o perfil epidemiológico? A saúde é majoritariamente pública ou privada? Qual o tamanho do mercado de saúde?

Muitas pessoas costumam relacionar esses países aos atletas da São Silvestre, à fome, pobreza, subdesenvolvimento, safári, praias paradisíacas, doenças agudas e transmissíveis e não tem a mínima ideia quanto ao mercado de saúde. A verdade é que o Brasil é muito parecido em diversas questões, sendo esse um mercado muito atrativo para a expansão da atuação de empresas brasileiras. Assim como o Brasil, a África Oriental é composta por uma enorme diversidade.

A população combinada do Quênia, Uganda e Etiópia é de cerca de 207 milhões de pessoas (no Brasil são 209 milhões), e projeta-se um crescimento para 270 em 2030.

Nos últimos 5 anos a região experimentou um rápido crescimento econômico, sendo que hoje o mercado de saúde nesses três países é de US $ 8 bilhões, e deve crescer para US $ 15 bilhões em 2030. A maioria dos pacientes paga pelos serviços de saúde diretamente (out-of-pocket), o que leva os profissionais de saúde a buscar novas abordagens para melhorar a prestação de serviços de saúde e reduzir custos.

Apesar dos progressos na melhoria dos indicadores de saúde nos últimos anos, os cuidados de saúde na África Oriental enfrentam muitos desafios, incluindo acesso e acessibilidade. Enquanto a África Oriental continua a enfrentar desafios de longa data de doenças infecciosas, incluindo HIV / AIDS, malária e tuberculose, a região também está enfrentando um fardo de doenças não transmissíveis que cresce rapidamente, com taxas crescentes de câncer, diabetes e doenças cardíacas, marcas de uma transição epidemiológica ainda em andamento. Isto está combinado com altas taxas de mortalidade materna e infantil. Os desafios são agravados pela grave escassez de profissionais médicos treinados na região e infraestrutura necessária, sistemas de suprimento de medicamentos fracos, qualidade variável, disparidades rurais / urbanas, todas ampliadas pelo subfinanciamento do governo.

Enquanto muitos governos da região se comprometeram com a Cobertura Universal de Saúde (UHC – o SUS deles), os sistemas de saúde da África Oriental estão sobrecarregados e a maioria dos governos da região luta para atender aos padrões básicos de atendimento. Os prestadores de serviços de saúde do setor privado estão cada vez mais preenchendo o papel. Nesse contexto, os negócios como de costume não abordam adequadamente os muitos problemas e atendem às necessidades de uma população em crescimento. Os provedores de saúde da África Oriental estão procurando novas soluções e práticas comerciais inovadoras que possam melhorar a qualidade do atendimento, o alcance e a eficiência dos serviços.

Nem preciso mais justificar como é um mercado parecido com o nosso, certo? Agora que você conhece um pouco mais sobre a Saúde da África Oriental convido você, inovador que atua no mercado de saúde brasileiro, a se inscrever no #TechEmergeHealth East Africa e levar sua solução para esse mercado.

As necessidades de tecnologia identificadas pelas instituições de saúde participantes incluem:


Fonte: IFC – TechEmerge

O programa Tech Emerge Health East Africa se concentrará predominantemente no setor de saúde privado do Quênia (o maior mercado privado da região), incluindo alguns provedores de saúde selecionados de Uganda e Etiópia. As inscrições vão até o dia 25 de fevereiro. Clique aqui para se inscrever.